terça-feira, 13 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
making off - sobre o processo de criação - parte 01
http://vimeo.com/28503315
fazer cinema é ir além de um registro da imagem...é se relacionar e entender os ilimites.
fazer cinema é ir além de um registro da imagem...é se relacionar e entender os ilimites.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
TT no Panorama Coisa de Cinema
domingo, 5 de junho de 2011
A equipe
sexta-feira, 3 de junho de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
entrevista tv sudoeste
O diretor George Neri e o ator e assistente de produção Caruá falam à TV Sudoeste sobre o filme, a exibição em Cannes e a história da Tragédia que é o ponto de partida da obra.
TT no short film corner
O filme Tragédia do Tamanduá será exibido no Festival de Cannes, que ocorrerá entre os dias 11 e 21 de maio de 2011, na França. A exibição é de suma importância para o cinema nacional e, sobretudo, para as produções de Vitória da Conquista. Para tal, foi composta uma versão de 15 minutos, de acordo com o padrão da sala do Festival onde será exibido, a Short Film Corner.
A equipe será representada por Caruá, ator, figurinista e assistente de produção do filme.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Lançamento na Mostra Cinema Conquista 2010
A lei do sertão
.
(Trecho de reportagem sobre o "Tragédia do Tamanduá" que saiu na "Revista de História da Biblioteca Nacional")
"Parece roteiro de cinema, mas o caso aconteceu em 1895 onde hoje é Vitória da Conquista, região centro-sul da Bahia. E agora, acabou virando filme mesmo: "A Tragédia do Tamanduá" é um dos selecionados pelo projeto "26 Documentários de Territórios", do Instituto de Radiodifusão da Bahia."
foto de Agnes Cajaíba
.
Revista de História da Biblioteca Nacional
site: www.revistadehistoria.com.br
(Trecho de reportagem sobre o "Tragédia do Tamanduá" que saiu na "Revista de História da Biblioteca Nacional")
"Parece roteiro de cinema, mas o caso aconteceu em 1895 onde hoje é Vitória da Conquista, região centro-sul da Bahia. E agora, acabou virando filme mesmo: "A Tragédia do Tamanduá" é um dos selecionados pelo projeto "26 Documentários de Territórios", do Instituto de Radiodifusão da Bahia."
foto de Agnes Cajaíba
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Revista de História da Biblioteca Nacional
site: www.revistadehistoria.com.br
domingo, 25 de julho de 2010
sobre a "Tragédia do Tamanduá"
É mister dizer que não se trata apenas de uma tragédia encenada no passado, mas que seus espaço e tempo são construções em movimento constantes. Isso quer dizer, que embora possamos refletir a respeito de um fato - histórico ou não - passado, de nada adianta se não pudermos conectá-lo ao presente. Só falamos ou nos remetemos a um fato passado se ele estiver em clara conexão com o presente. Não sei se penso que por propensão genética ou por uma teleologia metafísica. Só sei que é isso que constato, e, tenho que admitir - não sem um pouco de peso -, que sinto instintivamente, quando ouço histórias de nossos antepassados.
Visto que esta tragédia aconteceu há pouco mais de cem anos, admito a materialidade - ainda por uma intuição instintiva (?) - das conexões feitas. Infelizmente, por fazer tão pouco tempo, e por ser ainda tão arraigadas as obrigações com que se cumprem certas convenções sociais, tenho que me precaver, e tentar precaver a todos aqueles que uniram-se ao processo de feitura desse documentário-ficcional (e que só tomou pra si tudo aquilo que era puramente experimental). Se de cárater experimental eu visto uma carapuça, logo todos poderão pensar que é só uma censura, ou ataque descontrolado. Mas se dela me aproprio, sentindo com o auxílio da experiência, sua construção passa ser então a única válvula de escape - legal, devo advertir. A arte a única forma de expressar-se; sem tombarmos mortos - necrosados pela espera infinita da morte -, ou abatermos o mal, esperando depois a morte junto à consciência. Nem matar nem morrer. Mostrar o espelho através do próprio espelho onde vimos refletidas nossas demoras. nossas demórias.. nossas demolidas memórias, e nossa história criada.
Hoje, dia 9, é o lançamento do documentário. Hoje também foi o enterro de um colega. Não podemos dizer o que aconteceu com ele. Quando foi encontrado estava desacordado. Passou 18 dias em coma e faleceu ontem. Ele era o único que poderia dizer algo.
Então digo que cresce, junto com a modernidade que vem pra cá, alarmantemente a violência. Que o crack, como em outras partes do Brasil, está arrasando com a reputação dos Caps que prestam ajuda, e matando inocentes e não-inocentes.
É deseperador ver de tão perto. É muito simples ser um retirante. Meus avós eram retirantes. Mas é mais difícil ficar e combater a fome com fome. É incrivelmente desolador estender a mão e a ajuda nunca chegar. É inapropriado, pra não dizer vergonhoso ver o modo como se comporta a política local. Que pensa que trazendo somente polícia especializada acabará (ou só então continuam a tentar nos ludibriar) com a desordem, miséria e exclusão social.
De modo experimental, penso, é o único modo de se fazer arte, pelo menos aqui. Diante de tantas adversidades, diante de costumes desencorajadores, temos que forçar as vistas para não fecharem de vez e forçar a boca a não se calar, às vezes.
É necessário ainda fazer da arte um caminho experimental para que ela se coloque acima de nossas próprias demandas pessoais, pra que ela não seja distorcida e invadida.
Eleni Kouklanakis
É mister dizer que não se trata apenas de uma tragédia encenada no passado, mas que seus espaço e tempo são construções em movimento constantes. Isso quer dizer, que embora possamos refletir a respeito de um fato - histórico ou não - passado, de nada adianta se não pudermos conectá-lo ao presente. Só falamos ou nos remetemos a um fato passado se ele estiver em clara conexão com o presente. Não sei se penso que por propensão genética ou por uma teleologia metafísica. Só sei que é isso que constato, e, tenho que admitir - não sem um pouco de peso -, que sinto instintivamente, quando ouço histórias de nossos antepassados.
Visto que esta tragédia aconteceu há pouco mais de cem anos, admito a materialidade - ainda por uma intuição instintiva (?) - das conexões feitas. Infelizmente, por fazer tão pouco tempo, e por ser ainda tão arraigadas as obrigações com que se cumprem certas convenções sociais, tenho que me precaver, e tentar precaver a todos aqueles que uniram-se ao processo de feitura desse documentário-ficcional (e que só tomou pra si tudo aquilo que era puramente experimental). Se de cárater experimental eu visto uma carapuça, logo todos poderão pensar que é só uma censura, ou ataque descontrolado. Mas se dela me aproprio, sentindo com o auxílio da experiência, sua construção passa ser então a única válvula de escape - legal, devo advertir. A arte a única forma de expressar-se; sem tombarmos mortos - necrosados pela espera infinita da morte -, ou abatermos o mal, esperando depois a morte junto à consciência. Nem matar nem morrer. Mostrar o espelho através do próprio espelho onde vimos refletidas nossas demoras. nossas demórias.. nossas demolidas memórias, e nossa história criada.
Hoje, dia 9, é o lançamento do documentário. Hoje também foi o enterro de um colega. Não podemos dizer o que aconteceu com ele. Quando foi encontrado estava desacordado. Passou 18 dias em coma e faleceu ontem. Ele era o único que poderia dizer algo.
Então digo que cresce, junto com a modernidade que vem pra cá, alarmantemente a violência. Que o crack, como em outras partes do Brasil, está arrasando com a reputação dos Caps que prestam ajuda, e matando inocentes e não-inocentes.
É deseperador ver de tão perto. É muito simples ser um retirante. Meus avós eram retirantes. Mas é mais difícil ficar e combater a fome com fome. É incrivelmente desolador estender a mão e a ajuda nunca chegar. É inapropriado, pra não dizer vergonhoso ver o modo como se comporta a política local. Que pensa que trazendo somente polícia especializada acabará (ou só então continuam a tentar nos ludibriar) com a desordem, miséria e exclusão social.
De modo experimental, penso, é o único modo de se fazer arte, pelo menos aqui. Diante de tantas adversidades, diante de costumes desencorajadores, temos que forçar as vistas para não fecharem de vez e forçar a boca a não se calar, às vezes.
É necessário ainda fazer da arte um caminho experimental para que ela se coloque acima de nossas próprias demandas pessoais, pra que ela não seja distorcida e invadida.
Eleni Kouklanakis
terça-feira, 1 de junho de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
record. ações
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
dos riscos de uma experiência
O segredo de uma diferença é que a sua particularidade não a torna incomum. E num espaço-tempo de forças criativas em experimentação, onde o confronto das diferenças se pretendia inevitável, haveria de se saber o risco dos encontros trágicos. A arte recusa os covardes, me disse um amigo poeta. No agenciamento dos encontros e na metodologia proposta para a construção do vídeo Tragédia do Tamanduá, não havia certamente o desejo por consenso, de modo que tivemos a crise latente como força motriz da nossa composição. Neste sentido houve iolência, e por alguns, inclusive, crueldade. Mas afora qualquer interpretação moralista a respeito, feliz a pertinência destes substantivos.
Houveram os que temeram o imprevisível da experiência, os que não puderam concebê-la, os que preferiram descansar à confortável sombra da precisão técnica, os que se enganavam impotentes frente à inexistência de um roteiro pré-concebido, os que não dispuseram de consistência suficiente para o encontro necessariamente destemido com acaso, e houveram, por fim, os que foram impelidos em seu ímpeto ali permitido de liberdade. Mas estavam todos lá, algumas dezenas de identidades aparentemente consolidadas (dizia-se que ainda outras presenças não vistas), e cada um com as suas próprias pernas, naquele perigoso experimento químico de corpos intensos e agitados. As portas abertas à recepção permitiam os mais diferentes modos de fuga, e não foram poucos os temperamentos que ensaiaram uma retirada. Mas a provocação da experiência, ainda sob impotentes indagações, manteve obstinados os corpos em imersão.
O fato é que, ainda que não se saiba, reconheça ou assim o compreenda, o processo experimental de criação aconteceu e garantiu extensa matéria bruta a uma das possíveis versões do seu relato. Ainda que pseudo-determinações se afirmassem sólidas, como um roteiro escrito a partir dos elementos presentes, logo em cena desconstruído, à maneira mesmo de um placebo, os afetos se manifestavam no momento mágico da criação, e por vezes apenas aí se expressavam plenamente.
Os dias passados na Fazenda Ouriçanga levantavam questões delicadas a começar pelo retorno a um fenômeno social triste e enigmático, que guarda o silêncio das feridas profundas, como se qualquer descuido ameaçasse a sua pausa. Experimentar um retorno assim era de fato bastante arriscado. Haviam os presentes por uma espécie de consciência aplicada, outros por perigosa ingenuidade. Questões simbólicas atravessavam os dias ao lado de céticas provocações. Na densidade das cenas soturnas, Drummond me sussurrava ao ouvido: A vida, apenas, sem mistificação... Fez-se necessário um crença estética, absolutamente. O risco era apenas a infinitude da arte.
O trágico ainda se fazia possível, nos limites dos nossos próprios corpos. Pois ainda ali, e embora imersos, tínhamos as fronteiras e suas implicações. Não sei que espécie de cristal intocável habita este lugar secreto outrora denominado ego e ainda hoje bastante reivindicado. É ele que torna o autor guardião da obra, ciumento por direito da concepção absoluta de sua individualidade, fruto da ética social até então experimentada. O afeto, neste caso, torna-se um ato criminoso.
O processo era ao mesmo tempo construído e questionado, evoluindo gradativamente, com fortes solavancos e espasmos. Há os que ainda desconhecem os seus próprios arranhões. Ao passo dos duelos sagrados, se faziam tocar os minúsculos olhares, as suas palmas pequenas. E por fim o descanso merecido, privilégio apenas dos dias de trabalho, neste caso naturalmente árduo e sedutor, donde ainda não sabemos quem somos.
A dimensão da paisagem descansava os sentidos, embora possuísse uma geografia questionável. Pois naquele espaço ainda permaneciam vivos os cárceres de um território, preservado à base de sanguinárias submissões. E já não se sabia de que lado estavam as forças adquiridas , pois já não havia o reconhecimento da divisão.
Houveram os que temeram o imprevisível da experiência, os que não puderam concebê-la, os que preferiram descansar à confortável sombra da precisão técnica, os que se enganavam impotentes frente à inexistência de um roteiro pré-concebido, os que não dispuseram de consistência suficiente para o encontro necessariamente destemido com acaso, e houveram, por fim, os que foram impelidos em seu ímpeto ali permitido de liberdade. Mas estavam todos lá, algumas dezenas de identidades aparentemente consolidadas (dizia-se que ainda outras presenças não vistas), e cada um com as suas próprias pernas, naquele perigoso experimento químico de corpos intensos e agitados. As portas abertas à recepção permitiam os mais diferentes modos de fuga, e não foram poucos os temperamentos que ensaiaram uma retirada. Mas a provocação da experiência, ainda sob impotentes indagações, manteve obstinados os corpos em imersão.
O fato é que, ainda que não se saiba, reconheça ou assim o compreenda, o processo experimental de criação aconteceu e garantiu extensa matéria bruta a uma das possíveis versões do seu relato. Ainda que pseudo-determinações se afirmassem sólidas, como um roteiro escrito a partir dos elementos presentes, logo em cena desconstruído, à maneira mesmo de um placebo, os afetos se manifestavam no momento mágico da criação, e por vezes apenas aí se expressavam plenamente.
Os dias passados na Fazenda Ouriçanga levantavam questões delicadas a começar pelo retorno a um fenômeno social triste e enigmático, que guarda o silêncio das feridas profundas, como se qualquer descuido ameaçasse a sua pausa. Experimentar um retorno assim era de fato bastante arriscado. Haviam os presentes por uma espécie de consciência aplicada, outros por perigosa ingenuidade. Questões simbólicas atravessavam os dias ao lado de céticas provocações. Na densidade das cenas soturnas, Drummond me sussurrava ao ouvido: A vida, apenas, sem mistificação... Fez-se necessário um crença estética, absolutamente. O risco era apenas a infinitude da arte.
O trágico ainda se fazia possível, nos limites dos nossos próprios corpos. Pois ainda ali, e embora imersos, tínhamos as fronteiras e suas implicações. Não sei que espécie de cristal intocável habita este lugar secreto outrora denominado ego e ainda hoje bastante reivindicado. É ele que torna o autor guardião da obra, ciumento por direito da concepção absoluta de sua individualidade, fruto da ética social até então experimentada. O afeto, neste caso, torna-se um ato criminoso.
O processo era ao mesmo tempo construído e questionado, evoluindo gradativamente, com fortes solavancos e espasmos. Há os que ainda desconhecem os seus próprios arranhões. Ao passo dos duelos sagrados, se faziam tocar os minúsculos olhares, as suas palmas pequenas. E por fim o descanso merecido, privilégio apenas dos dias de trabalho, neste caso naturalmente árduo e sedutor, donde ainda não sabemos quem somos.
A dimensão da paisagem descansava os sentidos, embora possuísse uma geografia questionável. Pois naquele espaço ainda permaneciam vivos os cárceres de um território, preservado à base de sanguinárias submissões. E já não se sabia de que lado estavam as forças adquiridas , pois já não havia o reconhecimento da divisão.
morgana gomes
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Um degrau a mais
Chegamos ao fim das gravações. Anseios, medos e a incerteza do porvir...
Resta o alívio de mais um degrau galgado.
Terminadas as imagens é hora da montagem e edição.
Nova etapa, novos desafios.
Parabéns a toda equipe.
E aos que acompanham nosso breve diário, prometemos mais informações e fotos de bastidores.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
A equipe
A equipe
Wallace Nogueira
Faz a primeira câmera e dirige os atores na parte ficcional.
Natural de Feira de Santana, mas morando há algum tempo em Salvador, Wallace já dirigiu alguns filmes, com destaque para "Álbum de Família". Para mais informações, clique para ver trabalhos.
A equipe
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Katia Spagnol
Artista plástica, Katia é a diretora de arte do filme.
Mora em São Paulo. Veja parte de seus trabalhos.
Artista plástica, Katia é a diretora de arte do filme.
Mora em São Paulo. Veja parte de seus trabalhos.
A equipe
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A equipe
A equipe
Caruá
Artista plástico. Produz, juntamente com 3 amigos, a grife Fino Trapo.
No filme “Tragédia do Tamanduá” é ator, faz produção de objetos, colabora no figurino e é assistente de produção.
Natural da cidade de Brumado, atualmente mora em Vitória da Conquista.
A equipe
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