Estética da provocação
Passou-se algum tempo (que não sei)
desde aqueles dias em Ouriçanga
Dos corpos aguçados ficou-me a marca
Delicada cicatriz de memória
A que o corpo debruçou num poema
Feito ouro e terra e prosa
De falar o silêncio que havia
Nonde em vinte gritavam milhões
O SILÊNCIO é o tiro da pele
Estética da provocação
ESTE POEMA EXISTE
APÊNDICE:
De...
a AnTiTrAgÉdIa
viTA
Nada está perdido! O azul do sol
nasce para dizermos "o azul do céu".
Tudo se debruça aos olhos!
Numa orgia de vida
a morte é uma invenção barata
e só morre quem vive de olhar para ela
A aranha fia a sua teia
para a mosca debater-se inútil
No entanto não existe a morte
duma mosca a debater-se
Toma do teu vinho e fecha-te os olhos
Estar vivo é embebedar-se de tudo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário