
“Ardia o sol do meio do dia já às sete da manhã. Havia alvoroço no céu onde a carne vencida desenhava, num fétido aceno, a imprecisa espiral de urubus. No vermelho da terra, o chão da tragédia! O chão da tragédia: vermelho sangue, vermelho homem, vermelho lenho, vermelho noiva, vermelho vaca. A tragédia viva anunciada no ventre morto, na carne dissolvida, talvez forte, talvez fraca, das gerações! Ardia o sol do meio do dia: a fome não irá cessar...”
texto caio tiago
arte katia Spag
ducarai!
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